domingo, 30 de outubro de 2016

DESPERTAR GRATIDÃO NA GERAÇÃO Z

Pensei nesse tema pela necessidade que estou enxergando nas crianças da geração Z: A FALTA DE GRATIDÃO.
Para delinear minha fala vamos por partes: 1 - O QUE É GRATIDÃO: Gratidão é um sentimento de reconhecimento. A gratidão é livre de julgamento. Quem muito julga é pouco grato. Se somos gratos pela oportunidade de estarmos nessa experiência corpórea, pouco julgamos. Existe uma história muito interessante que nos remete ao hábito de julgamento das pessoas:

Lenda sufi: o cavalo perdido
     Há muitos anos, numa pobre aldeia chinesa, vivia um lavrador com seu filho. Seu único bem material, além da terra e da pequena casa de palha, era um cavalo que havia sido herdado de seu pai.
     Um belo dia, o cavalo fugiu, deixando o homem sem o animal para lavrar a terra.      Seus vizinhos - que o respeitavam muito por sua honestidade e diligência - vieram até sua casa para dizer o quanto lamentavam o ocorrido. Ele agradeceu a visita, mas perguntou:
      - Como voces podem saber que o que ocorreu foi uma desgraça na minha vida?
      Alguém comentou baixinho com um amigo: "ele não quer aceitar a realidade, deixemos que pense o que quiser, desde que não se entristeça com o ocorrido".
     E os vizinhos foram embora, fingindo concordar com o que haviam escutado.
     Uma semana depois, o cavalo retornou ao estábulo, mas não vinha sózinho; trazia uma bela égua como companhia. Ao saber disso, os habitantes da aldeia - alvoroçados, porque só agora entendiam a resposta que o homem lhes havia dado - retornaram à casa do lavrador, para cumprimenta-lo pela sua sorte.
      - Você antes tinha apenas um cavalo, e agora possui dois. Parabéns! - disseram.
      - Muito obrigado pela visita e pela solidariedade de voces - respondeu o lavrador. - Mas como voces podem saber que o que ocorreu é uma bençao na minha vida?
      Desconcertados, e achando que o homem estava ficando louco, o vizinhos foram embora, comentando no caminho "será que este homem não entende que Deus lhe enviou um presente? "
      Passado um mes, o filho do lavrador resolveu domesticar a égua. Mas o animal saltou de maneira inesperada, e o rapaz caiu de mau jeito - quebrando uma perna.
Os vizinhos retornaram à casa do lavrador - levando presentes para o moço ferido. O prefeito da aldeia, solenemente, apresentou as condolências ao pai, dizendo que todos estavam muito tristes com o que tinha acontecido.
      O homem agradeceu a visita e o carinho de todos. Mas perguntou:
      - Como voces podem saber se o que ocorreu foi uma desgraça na minha vida?
      Esta frase deixou a todos estupefatos, pois ninguem pode ter a menor dúvida que um acidente com um filho é uma verdadeira tragédia. Ao sairem da casa do lavrador, diziam uns aos outros: "o homem enlouqueceu mesmo; seu único filho pode ficar coxo para sempre, e ele ainda tem dúvidas se o que ocorreu é uma desgraça".
     Alguns meses transcorreram, e o Japão declarou guerra contra a China. Os emissários do imperador percorreram todo o país, em busca de jovens saudáveis para serem enviados à frente de batalha. Ao chegarem na aldeia, recrutaram todos os rapazes, exceto o filho do lavrador, que estava com uma perna quebrada.
     Nenhum dos rapazes retornou vivo. O filho se recuperou, os dois animais deram crias que foram vendidas e rederam um bom dinheiro. O lavrador passou a visitar seus vizinhos para consola-los e ajuda-los - já que tinham se mostrado solidários com ele em todos os momentos. Sempre que algum deles se queixava, o lavrador dizia: "como sabe se isso é uma desgraça?" Se alguém se alegrava muito, ele perguntava: "Como sabe se isso é uma benção?" E os homens daquela aldeia entenderam que, além das aparências, a vida tem outros significados.

2 - GRATIDÃO é um sentimento, um estado de espírito, totalmente ligado à espiritualidade, então podemos  perceber que o materialismo está cada vez mais avassalador e a tecnologia contribui para esse materialismo. Nesse contexto apresento um quadro, 3 - GERAÇÕES


Não vamos julgar as gerações, vamos remediar o que está acontecendo e avivar a preocupação da geração X quanto às futuras gerações. Em estudos mais aprofundados pude constatar que a geração X tinha mais preocupação em preservar e proteger as gerações futuras, aspecto que a geração Y não tem se ligado muito, o que demonstra uma geração que não educa os filhos e se torna refém deles.
Com isso a geração Z está cada vez mais rebelde e apresenta grande dificuldade em respeitar a sabedoria dos mais velhos, uma vez que se acham donos do saber, ou melhor, acham que já nasceram prontos. Esse comportamento causa uma grande falta de educação e modéstia, originando uma geração prepotente.

4 - SEGUEM ALGUMAS AÇÕES PARA DESPERTAR A GRATIDÃO NA GERAÇÃO Z:
  • Dar muitas opções de escolha para a criança, causa infelicidade pois se a criança não gostar da opção que escolheu, fica sempre achando que poderia ter escolhido melhor, causando sempre um estado de insatisfação;
  • Conversar sobre os acontecimentos do dia em que a família identifica quais  aspectos devem agradecer: uma queda de alguém sem grandes prejuízos, um diagnóstico positivo; ter escapado de uma situação difícil, enfim, agradecer pelo dia;
  • Pare a reclamação: ao invés da criança dizer, estou com fome, explique para ela dizer: - Por favor posso comer algo? Não aceite reclamações sem motivo real. Desenvolva uma visão positiva das coisas;
  • Dizer muito obrigado! Agradecer através de gestos e atos, exemplo; dar uma flor para a vovó, para a professora;
  • Dar em vez de receber: exercícios com os irmãos. Dizer que vamos à loja comprar algo que o irmão está precisando;
  • Diminuir a quantidade de presentes; aniversário, dia das crianças e Natal está de bom tamanho. As crianças precisam desejar muito o que querem e quando ganham depois de muita espera, sentirão gratidão;
  • Realizar tarefas em casa para dar valor para quem as realiza e, assim, valorizarem o trabalho. Se eu não sei fazer, não compreendo o quanto é custoso;
  • Não esperar nada em troca, ajudar sem recompensa;
  • Aprender a agradecer os gestos; nós não enxergamos o ar, no entanto ele é um elemento vital para a nossa sobrevivência. Ter percepção do IMATERIAL.
  • Agradecer a criança quando ela ajuda e contribui com seu esforço;
  • Ao deitar, na hora de dormir, perguntar aos filhos o que gostariam de agradecer naquele dia;
  • Proporcionar o contato maior com a natureza, o vento, o Sol, o calor, as plantas trazem em si o Criador e equilibram o espírito.
Essas sugestões trazem resultados realmente satisfatórios.
Vamos agradecer a dádiva de estarmos no Planeta Terra e fortalecer as futuras gerações para que tenham direito a um mundo mais humano e igualitário, em que viver seja realmente uma experiência de alegrias e conquistas.
Andrea Cassone

FORMAR PROFESSORES EM CONTEXTOS SOCIAIS EM MUDANÇA

GOSTARIA IMENSAMENTE QUE PROFESSORES E PESSOAS INTERESSADAS UMA EDUCAÇÃO MAIS CRÍTICA LESSEM ESSE BRILHANTE TRABALHO BASEADO EM PHILIPPE PERRENOUD. Minha intenção é relacionar esse estudo com as atuais circunstâncias políticas e educacionais que vivemos no Brasil e reafirmar que PROFESSORES QUE INCUTEM IDEIAS PRÉ-CONCEBIDAS PODEM SER QUALQUER COISA, MENOS PROFESSORES.

Formar professores
em contextos sociais em mudança
Prática reflexiva e participação crítica
Philippe Perrenoud

Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação
Universidade de Genebra
1999

Tradução de Denice Barbara Catani


As sociedades se transformam, fazem-se e desfazem-se. As tecnologias mudam o trabalho, a comunicação, a vida cotidiana e mesmo o pensamento. As desigualdades se deslocam, agravam-se e recriam-se em novos territórios. Os atores estão ligados a múltiplos campos sociais, a modernidade não permite a ninguém proteger-se das contradições do mundo.

Quais as lições que daí podem ser tiradas para a formação de professores? Certamente, convém reforçar sua preparação para uma prática reflexiva, para a inovação e a cooperação. Talvez importe, sobretudo, favorecer uma relação menos temerosa e individualista com a sociedade. Se os professores não chegam a ser os intelectuais, no sentido estrito do termo, são ao menos os mediadores e intérpretes ativos das culturas, dos valores e do saber em transformação. Se não se perceberem como depositários da tradição ou precursores do futuro, não saberão desempenhar esse papel por si mesmos.”

Vejam o que está em negrito, acima. Muito bem, professores tendencialistas, partidários, militantes conseguem ter a clareza de que pelo menos são depositários da tradição e percursores do futuro? Evidente que não. Se defendo um lado, não aceito o outro, então incuto nos meus alunos as minhas escolhas e tendências. Dessa maneira, não formarei livres pensadores, pessoas críticas e que conseguem conviver com opiniões diferentes.

'A escola pode ficar imóvelem contextos sociais em transformação ?
O bom senso leva a pensar que, se a sociedade muda, a escola só pode evoluir com ela, antecipar, até mesmo inspirar as transformações culturais. Isso significa esquecer que o sistema educativo beneficia-se de uma autonomia relativa (Bourdieu e Passeron, 1970), e que a forma escolar (Vincent, 1994) é em parte construída para proteger mestres e alunos do furor do mundo.
Sem dúvida, os professores, os alunos e seus pais fazem parte do mundo do trabalho e, evidentemente, da sociedade civil. Assim, por meio deles, retomando a fórmula de Suzanne Mollo (1970), a sociedade está dentro da escola tanto quanto o inverso. No entanto, a escola não poderia cumprir sua missão se mudasse de finalidades a cada mudança de governo e tremesse sobre suas bases cada vez que a sociedade fosse tomada por uma crise ou por conflitos graves. É importante que a escola seja, em parte, um oásis e que ela continue a funcionar nas circunstâncias mais movimentadas, mesmo em caso de guerra ou de grande crise econômica. Ela permanece, senão um "santuário", pelo menos um lugar cujo estatuto "protegido" é reconhecido. Quando a violência urbana ou a repressão policial chegam às escolas, os espíritos ficam chocados.
A escola não tem vocação para ser o instrumento de uma facção, e nem mesmo de partidos no poder. Ela pertence a todos. Até mesmo os regimes totalitários tentam preservar essa aparência de neutralidade e paz. Compete ao sistema educativo encontrar um justo equilíbrio entre uma abertura destruidora dos conflitos e sobressaltos da sociedade e um fechamento mortífero, que o isolaria do restante da vida coletiva.
Muito bem, as escolas brasileiras estão sendo respeitadas acima das crises? Precisamos urgentemente de uma reforma que possa formar professores conscientes de seu papel. O Projeto Escola sem Partido, também não encontra solidez, uma vez que é impossível debater temas sóciais na sala de aula sem que o professor expresse juízo de valor, no entanto, se esse professor entende que é seu papel apresentar aos alunos todas as questões de um assunto, tentando ser o mínimo tendencioso, pronto, a escola passa a ser um espaço de reflexões.
Sejamos bastante lúcidos, também, para saber que esse paradigma (profissionalização, prática reflexiva e participação crítica) não corresponde:
nem à identidade ou ao ideal da maioria dos professores em função;
nem ao projeto ou à vocação da maioria daqueles que se dirigem para o ensino.”

Isso é real e pouco animador, no entanto Perrenoud continua a discorrer sobre a real postura do professor competente e se um professor realmente quer fazer a diferença precisa ler as obras dele.
Podemos perceber o quanto estamos no caminho errado, pois os conflitos estão dentro das escolas fato que não levará a um fim positivo. Tivemos a repercussão da jovem Ana Júlia que com o seu pseudo-discurso causou inúmeros olhares, no entanto ela veio revestida de um discurso feito, cheio de contradições e associada ao PT, portanto tudo caiu por terra.
Critico sim professores tendenciosos pois eles vivem em goma existencial. Se compreendessem sua real função, jamais utilizariam seu poder em uma sala de aula.
Aqui fica a minha sugestão: Ler Perrenoud.




sábado, 22 de outubro de 2016

A TEORIA DA AUTODETERMINAÇÃO

recompensas materiais prejudicariam a motivação intrínseca, reduzindo o envolvimento na atividade para níveis menores do que os apresentados antes da introdução das recompensas. As pessoas deixavam de perceber suas ações como internamente guiadas para se sentirem externamente comandadas. Portando, podemos perceber que premiar os alunos em troca de resultados acaba inibindo a autonomia, desestimulando-os.
Três necessidades psicológicas inatas, subjacentes à motivação intrínseca, são propostas pela Teoria da Autodeterminação: a necessidade de autonomia, a necessidade de competência e a necessidade de pertencer ou de estabelecer vínculos. A satisfação das três é considerada essencial para um ótimo desenvolvimento e saúde psicológica. Em situações de aprendizagem escolar, as interações em sala de aula e na escola como um todo precisam ser fonte de satisfação dessas três necessidades psicológicas básicas para que a motivação intrínseca e as formas autodeterminadas de motivação extrínseca possam ocorrer. Nesse sentido, a figura do professor tem um papel essencial na promoção de um clima de sala de aula favorável ou não ao desenvolvimento dessas orientações motivacionais.
Autonomia significa a faculdade de se governar por si mesmo; liberdade ou independência moral ou intelectual. Para a Teoria da Autodeterminação, o conceito de autonomia é vinculado ao desejo ou a vontade do organismo de organizar a experiência e o próprio comportamento e para integrá-los ao sentido do self. Isso é extremamente importante, pois se o professor não promove autonomia na sala, seus alunos vão perdendo o interesse, uma vez que a autonomia integra o self e o self é a vontade de evoluir, adquirir conhecimentos, aprimorar-se, é a porção divina do ser humano. Então uma vez que um professor não age de forma a estimular o self, alimenta o ego, que por sua vez é muito mais restrito do que o self, pois trabalha apenas com a consciência, o ego é limitado visto que não é capaz de contemplar todo o conteúdo presente no inconsciente. Não sei se me fiz entender, porém quero falar de ego e self em outra oportunidade.
Voltando à Teoria da autodeterminação, podemos concluir que está nas mãos do professor desenvolver autonomia, competência e vínculos interpessoais.
Quanto mais pesquiso, mais entendo que a educação está parada no tempo e no espaço simplesmente pela falta de conhecimento dos professores e por não buscarem o autoconhecimento.
Está nas nossas mãos produzir uma aprendizagem significativa.
Andrea Cassone

domingo, 9 de outubro de 2016

QUE ONDA É ESSA?

O que está acontecendo?O mundo está ao contrário e ninguém reparou, diz o compositor Nando Reis.
Sim, parece que o mundo está às avessas.
Vou tentar fazer uma rápida análise do que está acontecendo com a sociedade atual.
Não sou especialista em política, mas navego bem na área educacional, o que me impulsiona a escrever sobre as ondas que estão chegando até nós.
Com relação à educação escolar, os profissionais mais antenados, já perceberam que as escolas atualmente estão  resgatando o brincar no "quintal da vovó". Não basta desenvolver o cognitivo da criança, estamos pagando um alto preço por ter negligenciado a importância da brincadeira no desenvolvimento infantil resgatando o passado. Especialistas também na área da saúde, estão advertindo sobre a importância da criança ter vivências cada vez mais constantes com a natureza; correr, subir em árvores, amassar barro, brincar de casinha...A escola sempre se preocupou com o aspecto cognitivo, hoje vê a necessidade de desenvolver o ser humano integral.
Até que em fim a apologia ao vestibular está com seus dias contados.
Na educação familiar, está surgindo a necessidade urgente de resgatar o respeito pelos pais, que precisam começar a impor limites na criação dos filhos. Uma onda remetendo ao passado, em que criança era criança, em que a alfabetização acontecia aos 7 anos, apenas quando o cérebro estava maduro para isso, em que os pais passeavam tranquilamente com seus filhos e as pessoas não tinham que ficar assistindo a verdadeiros shows de birras e malcriações. A instituição familiar precisa assumir as suas responsabilidades.
Nas grandes cidades, em nome da economia e segurança, as pessoas estão voltando a se reunir em casa, cada um leva o que vai consumir e juntos passam horas conversando olho no olho. Nos anos 80 esses tipos de reuniões aconteciam pelo simples prazer de se socializar, no entanto a modernidade e a tecnologia foram engolindo as relações "ao vivo", dando lugar à tela dos eletrônicos.
E na política? Iniciarei com a citação do cientista político Gonzalo Rojas
." Há quem acredite que o PT se transformou naquilo que ele criticava. Seria uma nova forma do neoliberalismo."
Até o Partido dos Trabalhadores está sofrendo grandes transformações e o seu declínio, faz a Direita ressurgir trazendo a onda dos conservadores. A liberdade foi confundida com falta de respeito, a ética foi por água a baixo, a dita moral e bons costumes tiraram férias sem data de retorno, estamos assistindo a decadência dos seres humanos e me parece que as pessoas estão sentindo falta de ações mais conservadoras
Que ondas são essas que nos remetem ao passado? 
Depois de 12 anos de reinado, o PT se desmancha aos nossos olhos e os trabalhadores do Brasil retiram de cena partidos da esquerda, dando voz à candidatos conservadores.
Na religião, a onda também está atingindo. Passamos há 10 anos mais ou menos por uma avalanche de igrejas evangélicas, depois vieram os padres cantores dando maior vulto à igreja católica e hoje temos um Papa que prega a diversidade e o respeito às diferentes culturas e religiões, pedindo diálogo entre as elas.
Temos o excesso de valorização dos animais que,segundo César Ades, psicólogo e diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP, as relações com os animais de estimação estão sendo levadas ao extremo. “As pessoas encontram uma satisfação psicológica tão grande na relação com seus animais que querem que eles entrem no círculo humano”, diz o psicólogo, especialista em comportamento animal. Ele alerta que a diferença entre as espécies - ser humano e bicho - deve ser mantida. “O bom na relação é que um é animal e o outro é ser humano, ninguém deveria trocar de lugar com o outro. O que o animal precisa é ser considerado um animal e receber cuidados naturais.
Temos o excesso da tecnologia, que ainda terá crescimento, no entanto, pesquisadores já analisam que as redes sociais sofrerão considerável adaptação.
Me parece que vivemos tempos de repressão, depois tempos de liberdade excessiva e agora chega uma onda que nos remete ao caminho do meio, nem tanto ao mar, nem tanto a terra. 
Vamos dar graças à onda do bom senso, em que os extremos, as militâncias, o radicalismo caem por terra. Vamos aproveitar essa vibe e procurar nos aprofundar, observando melhor o que está acontecendo com o mundo. observar as tendências, e fugir muitas vezes delas, pois elas são altamente manipuladoras. Vamos ficar atentos às pessoas que nos inspiram conhecimento, fugindo de modismos.
Vejo uma grande necessidade das pessoas se encontrarem, ao vivo de preferência e trocarem experiências, questionamentos, vejo a necessidade extrema de investirmos na espiritualidade, no nosso equilíbrio pessoal, no calar e observar, ficarmos menos expostos, vamos deixar a natureza agir e exuberar. 
Andrea Cassone




terça-feira, 4 de outubro de 2016

VAMOS FALAR SOBRE AS CRIANÇAS

O que esperamos de uma criança?
Bom, cada um tem um ponto de vista, no entanto, todos admiram uma criança bem educada.
Nas últimas semanas tenho estudado muito sobre as gerações X, Y,Z, porém, não vou tratar desse assunto no momento, só quero comentar algo que me chamou a atenção. A Geração X se preocupava muito mais com o futuro da Geração Y, do que a Geração Y se preocupa com a Geração Z! Está confuso? Eu explico.
Parece que, com essa tecnologia toda, o nosso tempo reduziu ainda mais, pois estamos sempre conectados e temos que dar conta de todas as redes sociais, sem perceber que quem mais precisa de nós, muitas vezes fica sem espaço. Triste constatação. Por esse motivo, as crianças, a chamada Geração Z, ganha um espaço enorme para os aparelhos tecnológicos e, com pouco exemplo de seus pais, reinam majestosos no campo da ingratidão, da falta de educação, do egoismo e como vingança à falta de atenção, tornam-se cruéis. Exagero meu? Não, não é, acreditem!
Sou professora há 33 anos e posso com toda a certeza provar o que estou falando!
Me parece que nós pais, perdemos a noção de longo prazo. Como tudo agora é muito veloz e dinâmico, nosso padrão de pensamento também se tornou assim. Até mesmo as informações são muito rápidas, no entanto ficam só no campo da superficialidade. Uma pessoa bem informada pode ter pouquíssimo conhecimento. Informação é muito diferente de conhecimento. O conhecimento se constrói e solidifica, a informação nos serve momentaneamente. Essa onda atual, faz com que nos tornemos muito imediatistas e, assim, nos esquecemos que as crianças irão crescer e mais uma vez pergunto: o que esperamos das crianças? Que sejam educadas, tranquilas, amorosas, inteligentes, amistosas, bem-humoradas...Ah está bem, esperaremos pela eternidade, pois com o exemplo que estamos dando, a Geração Z será controlada por remédios, aliás, isso já está acontecendo.
Não vejo luz no fim do túnel, não acredito na tomada de consciência da Geração Y, quanto à oferecer aos seus filhos uma qualidade de vida melhor, com mais atenção, mais exemplos, tecnologia controlada. Como disse muito sabiamente a Rosely Sayão, a geração Z é quem vai criar bem seus filhos. Eles serão tão mal criados que saberão muito bem o caminho de uma boa educação. Parece loucura mas não é!
Socorro!!!! Vamos criar seres humanos!!!
Andrea Cassone