“As professoras nos
pedem para não gritar gritando. Tenho medo de um dia ficar parecida com elas...”
Retirado do livro A
Inteligência Aprisionada de Alicia Fernandez
O grito dos professores assusta os alunos que não merecem
ouvi-lo, humilha e tem efeito momentâneo.
Se gritar fosse a solução, não haveria indisciplina nas escolas.
Utilizar o grito como estratégia de aula é coisa antiga. Quanto mais a prática é tradicional, mais o grito é utilizado.
No livro A Inteligência Aprisionada, aliás deixo aqui essa indicação de leitura, que trata de crianças com problemas de aprendizagem, a psicopedagoga Alicia Fernandez expõe inúmeros casos em que as crianças se negam a aprender por receio de ficarem parecidas com os professores.
Rudolf Steiner, quando discorre sobre os temperamentos, diz que os professores coléricos deixam marcas irreparáveis na vida das crianças.
Se os professores procurassem outras estratégias, perceberiam que o grito apenas abafa um sentimento coletivo. Quem gosta de ser tratado aos gritos?
Muitas vezes, no calor da aula e na ânsia de terminar o conteúdo a ser estudado, acabamos por gritar para conseguir uma atenção mais rápida, até ai, tudo bem mas, o problema é quando esse grito vem acompanhado de arrogância e prepotência.
Os professores das décadas passadas, de trinta anos atrás, humilhavam os alunos sem piedade e era muito comum comentarem com os outros professores sobre os alunos, denegrindo-os com crueldade. Lembro-me até hoje das broncas homéricas que a minha professora de português nos dava e de como ela fazia questão de dizer que a gente não ia ser ninguém na vida, certamente algum de nós deve ter profetizado essas palavras, infelizmente. Isso ainda acontece, talvez mais veladamente, pois os professores temem a reação dos pais, porém, a pedagogia do grito ainda reina bravamente.
Certa vez uma professora me perguntou como fazer para conseguir a atenção dos alunos ou impedir a indisciplina sem gritar. Lhe indiquei vários outros caminhos, porém ela não teve a determinação e a paciência para que a nova estratégia desse certo e continuou não sendo ouvida pelos alunos. Quem mudou a forma de abordar as crianças, percebeu que tudo depende da maneira que o professor se expressa.
Vamos aos passos: 1 - Expressões faciais funcionam muitos melhor do que o grito, podem acreditar. Quando precisar chamar a atenção de um aluno, chegue perto dele e diga o que deseja bem baixinho, afinal os colegas que não estão precisando ser chamada a atenção não merecem o grito. 2 - Quanto mais baixo você falar, mais os alunos notarão que precisam parar de falar junto com você. 3- Começar a cantar uma música bem baixinho e pedir que os alunos acompanhem, também é uma boa estratégia. 4- o quarto passo é o mais importante, utilize uma prática amorosa e de respeito às individualidades. Uma aula animada, com conteúdos contextualizados são a garantia de sucesso e disciplina. Será que sua aula é interessante? 5 - será que a sua figura agrada os alunos? Falo aqui da autoridade amada. Se os alunos realmente gostam do professor, esse jamais precisará gritar.
Professor que grita demais necessita urgentemente rever sua conduta, ou a relação com os alunos se torna doentia.
Vivemos em uma época de mediação de conflitos. Os professores precisam ser dotados de inteligência para administrar as situações que aparecem. Saber lidar com imprevistos, mudar de estratégias rapidamente, reverter uma situação complicada, são os diversos desafios dos novos tempos, portanto se o professor ainda grita demais com seus alunos, está ficando obsoleto e retrógrado.
Simpatia, bom humor, sensibilidade, criatividade acompanhados de rigor são medidas que caem muito bem na atuação de um profissional competente que faz do seu dia a dia escolar momentos de verdadeira aprendizagem.
É uma escolha, basta querer transformar o que já não cabe mais.
NÃO GRITE, CONVERSE!
Andrea Cassone
Andrea Cassone
Sinceramente Andréa acho tudo isso muito demagogo, mas fazer o que? Impressionante como os próprios companheiros da área de educação, são os primeiros a criticar, condenaram e culpar nos professores por toda as mazelas da escola. Gostaria que você colocasse seus conselhos em prática numa classe com quarenta e oito alunos. Gostaria que me mostrasse como conquistar "gregos" é " troianos" se consegues esse "milagre" o ano inteiro sem elevar a sua voz, sempre se indispor com um aluno...com certeza serei sua discípula.
ResponderExcluirEntão vc quer justificar os gritos em sala de aula, gritos q se ouvem fora do colégio, vc chama gritar feito louca de elevar a voz, tá precisando rever seus conceitos, vc não tá falando com seu filhos e famíliares!
ExcluirConcordo com o que está escrito no papel. É ótimo na teoria , porém , na prática sinceramente não funciona . Talvez o seu foco esteja no ensino infantil . até o funtamental 1 ( primeiro ano , talvez. ) mas como experiência própria de estagio no 3 ano do ensino fundamental e no 6 ano . como professora de português , digo que já tentei sim , ser mais amável, mais compreenciva , mas percebi que na escola pública . depois que comecei a falar com um tom firme e as vezes elevar a voz , como estão acostumados com os outros professores . comecei a ser respeitada . ( não os humilho , nem os trato de forma ofensiva de maneira nehuma. Mas falo constantemente em respeito mútuo , de se colocarem no lugar dos outros e insisto em faze-los entender que não conseguirão nada se não se ajudarem. ) , mas com o tempo , estou ficando mais rigida , com menos paciência. Não para explicar a materia , mas com a falta de respeito principalmente entre eles. não grito sempre . mas quando preciso ,sim o faço . pois , comecei sendo boazinha , como aprendi a ser , como sempre achei certo . mas eles pensavam principalmente o 6 ano do ensino fundamental , que era aula vaga , ´´ a sora é boazinha , deixa a gente fazer o que quiser´´. cansei de ser assim , e a partir do momento em que fui mais firme , as vezes gritando quando preciso , consegui resultados melhores , não apenas na materia mais em relação ao respeito entre eles.
ExcluirProcure suas aptidões, com certeza não um pedagogo.
ExcluirConcordo, Rosa!! No papel é tudo muito lindo. Na prática é outra realidade!!
ExcluirSinceramente Andréa acho tudo isso muito demagogo, mas fazer o que? Impressionante como os próprios companheiros da área de educação, são os primeiros a criticar, condenaram e culpar nos professores por toda as mazelas da escola. Gostaria que você colocasse seus conselhos em prática numa classe com quarenta e oito alunos. Gostaria que me mostrasse como conquistar "gregos" é " troianos" se consegues esse "milagre" o ano inteiro sem elevar a sua voz, sempre se indispor com um aluno...com certeza serei sua discípula.
ResponderExcluirSou professora, e concordo com tudo o que ela falou. Devemos procurar ser os professores que gostaríamos de ter. No início da minha carreira não lembro quantas vezes eu cheguei em casa e chorei, por observar tantas atrocidades na educação infantil. Se você acha que é impossível um professor tratar seus alunos com respeito e dignidade durante os 200 dias letivos, então acho melhor procurar outra profissão!
ExcluirEu sou aluno de uma escola publica e voncordo plenamente com o professor aqui citado e com a autora do texto pois nos alunos damos respeito a quem nos respeita pois nao somos tratados assim em casa por que seremos tratados assim em um ambiente escolar?
ExcluirMuito bem pensado, escrito e merece toda nossa reflexão. A Educação Brasileira honra com tais ações pertinentes de mudança de posturas e construção de novos paradigmas de educação que não viola as mentes e sim, intensifica um grito de expressão educacional, transmitido por diálogos e não, gritos orais, simplesmente, que não levam o aluno a lugar algum que não seja do trauma institucional e o medo, sem respeito algum pelas práticas.
ResponderExcluirParabéns!É lamentável que alguns professores ainda pensem que o grito seja a melhor solução.É necessário muito amor à profissão para termos toda essa paciência.
ResponderExcluirNão podemos esquecer jamais que não podemos cobrar um comportamento exemplar de um aluno se berramos com ele não é mesmo?
Educadores berrando deseducadamente?Acho vergonhoso!
A educação começa pelo professor.
parabéns aos demagogos de plantão, e espero que não aconteça com nem um de vcs o que acontece aqui no estado do amapá onde os professores são esfaqueados pelos alunos, ou não possuem condições de trabalho adequadas nos seus municipios, temos muitos que sabem criticar o trabalho do professor mas quero ver quando um de seus alunos entrar com uma faca na sala ou com uma bebida na mochila e você for falar para ele "meu amor você pode sair da sala" e o aluno lhe der um soco na cara.... parabéns amigos criticos que não avaliam as diferenças regionais e as diferenças sociais, palmas, muitas palmas.
ResponderExcluirSabe acho que você não interpretou o texto direito,a pedagoga está falando de gritos e berros,e o que você coloca em pauta é a violência,que nada mais é falta de amor do ser humano, avaliar cada ser para ver o que ele necessita no momento se é aconchego com a família ou um médico especialista, é o que todo departamento de ensino deveria ter para tentar evitar esse tipo de reação desses jovens, porque que dizem que o berço é tudo ? Desculpe não é uma crítica é meu ponto de vista do assunto que é grito e berro.
ExcluirMuito bom! Infelizmente ainda têm muitos professores que utilizam o grito como "ferramenta" de trabalho. Sabemos que a indisciplina causa grandes problemas, entretanto é sempre bom tentar usar estratégias que levem ao respeito e não ao medo ou a raiva.
ResponderExcluirTenho uma filha de 7anos
ResponderExcluirE ve a professora como um monstro pois grita dimais,já conversei com a professora e nao está resolvendo muito,nao quero mudar minha filha de sala pois a turma dela são a mesma do ano passado,minha filha chora todos os dias para não ir a escola pois tem medo da professora é a mesma tem 2 filhos na mesma sala e leva cinto para eles e os ameaçam e as outras crianças acabam ficando com medo tambem
O que devo fazer para que essa situacao mude???
É necessário ter respeito e não medo.
Va atrás da coordenadora pedagogica.
ExcluirSou estagiária numa creche e a professora do pré grita a todo momento, é estúpida e sempre ignora algum aluno em alguma coisa,tipo... uma garotinha queria mais comida,ela não deu.Como também, sentiu dor de cabeça ela não DÁ atenção...Achei muito pouco carinhosa em atitudes.
ResponderExcluirOutra questão também que eu pensei ser errado, é ela sendo coordenadora, permitir tantos acessos de estagiárias com funções de cuidados pessoais da criança sem serem supervisionadas. Creio que devemos ser cuidadosas ao extremo com nossas crianças expostas à tanta gente desconhecida
ResponderExcluirMoro do lado de uma creche pública, estou indignada com as professoras dessa creche...gritam e berram o tempo todo não consigo nem me concentrar nos meus afazeres,a diretora geralmente não está no horário da manhã,chamei-a para vir tomar um café e ouvir suas professoras dando aula,ela aceitou! Não, claro!Um absurdo!São pessoas despreparadas ,o que fazer?
ResponderExcluirAndrea, isso foi a melhor coisa que eu li por essa manhã.
ResponderExcluirRealmente os professores estão muito focados no grito do que no dialogo que se pode ter com o aluno. Os professores de hoje em dia querem adquirir respeito com gritos, sendo que na verdade eles só estão conseguindo trazer medo e incentivos ruins para nossas crianças.
Para aqueles que realmente amam o que fazem na sua área profissional, isso é triste. Pois isso perde se totalmente o foco do que deveria ser a escola na vida desses alunos.
Isso seria uma critica construtiva.
Ola sou uma estudante do 7 ano de uma escola Publica minha professora de Historia/Artes ela nao para de gritar socar as portas nao tem respeito a nenhum aluno é nem quer ser chamada atençao por ninguém oque eu devo fazer ?
ResponderExcluirVá a uma delegacia com seus pais e faça um B.O !!!
ExcluirGracinha quer gritar com seus alunos e ter o respeito deles?por isto tem catástrofes em escolas crianças que creceram com trauma de uma burra que se diz professora e quem sobra sao inocentes ....troca de funçao querida vai lavar vaso o vaso nao vai ser dificil pra vc que se pra mim é uma bosta com diploma
ResponderExcluirBoa tarde,
ResponderExcluirOs gritos "acordam" neurotransmissores cerebrais que aumentam o nivél de cortizol na área do cérebro relacionada coma aprendizagem e inibe a memorização.
Sou licenciada, não dou aula porque tenho medo de ficar como essas gritonas, passo necessidade, mas não vou dar aula para ser menos que os melhores professores que eu tive , professores que falavam alto , mas não gritavam , pois há uma grande diferença. Agora, para as defensoras dos gritos, você já pensou que em uma sala pode haver vários alunos autistas sem laudo???? Sabe o dano desses gritos para um autista??? Não? Então volte a estudar, pois você aprendeu errado ou deixou de assistir a alguma aula importante sobre inclusão. Quer uma dica?Haja como se todos seus alunos fossem autistas, você vai respeitar mais a dimensão psicológica desses alunos. Quer outra dica: haja como se você fosse autista, se coloque no lugar desse autista, grave sua aula e escute ela todo dia, e veja e ouça se você gostaria de estar todo dia dentro dessa tortura. Vocês são licenciadas e concursadas, a priori devem saber o que fazer , se não, vão procurar soluções. Por que alguns conseguem e outros não?
ResponderExcluirEu estou desanimada, comecei agora atuando como eventual e ninguém me respeita nem os alunos nem alguns professores da vontade de desistir.Quero atuar em escola de educação infantil e está muito difícil conseguir, então aceitei as aulas eventuais mas está difícil 6 e 7 ano e alguns colegas me julgando.
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